A fabricação do Chambord foi inspirada em um liqueur único, feito de framboesas, produzido no Vale do Loire na França, durante o final do século XVII. Diz-se que o liqueur foi apresentado ao Rei Luis XIV durante uma de suas visitas ao Château de Chambord, durante seu reinado. Era comum naquela época consumir conhaques e licores durante as refeições mais refinadas.
Hoje, o liqueur Chambord pode ser degustado em todo o mundo. Envolvente por seu rico sabor aveludado e por sua versatilidade, ele é delicioso, seja com gelo, como ingrediente flavorizante em coquetéis, ou com champagne. O Chambord rapidamente transforma um simples drink em uma experiência extraordinária.
O liqueur Chambord é feito com as framboesas e amoras mais refinadas do mundo, combinadas com baunilha de Madagascar, raspas de limão marroquino, mel e conhaque, que quando estão juntos, dão corpo ao saboroso liqueur de framboesa negra. Ele ainda é fabricado sob a metodologia da receita tradicional do Château do Vale do Loire, ao sul de Paris, usando apenas ingredientes naturais de alta qualidade e um processo exclusivo que consiste em três etapas.
A primeira etapa começa com a combinação perfeita das framboesas e amoras, que são mergulhadas em champagnes franceses por um período de quatro semanas até adquirir uma rica e sedosa infusão dos frutos. Este processo confere sabor e aroma naturais de framboesa à infusão.
A segunda etapa capta os sabores remanescentes das frutas. Assim que as frutas tenham recuperado seu sabor original, a infusão é extraída e um segundo banho de champagne é adicionado às frutas, para obter as nuances finais de todo o blend de framboesas. Esta segunda infusão descansará por mais duas semanas, momento em que o champagne é drenado, deixando apenas as frutas, que são delicadamente maceradas para obter seus açúcares naturais e suco. Os sucos extraídos e a infusão de champagne da prensagem final são combinados e uma bebida com sabor incrivelmente rico e natural de framboesas está pronta.
A terceira etapa é realizada pelo Mestre Liquorista, um expert em blends de licores. A infusão de framboesas se combina ao conhaque, aos extratos naturais de baunilha de Madagascar, às framboesas negras, às raspas de limão marroquino, ao mel e a algumas delicadas especiarias. O resultado é um liqueur único, dono de um nível de complexos sabores e aromas naturais – o liqueur de framboesa negra Chambord.
Para comemorar a estréia da temporada da peça teatral Breakfast at Tiffany’s, a fabricante Chambord fez uma parceria com Donald Edge, renomado designer de jóias londrino, para criar uma luxuosa garrafa, toda feita à mão e adornada com ouro maciço, diamantes e pérolas rosa.
O resultado é uma garrafa avaliada em dois milhões de dólares, que conta com 1100 brilhantes, além de diamantes em corte pêra e princesa. Um enorme diamante em corte esmeralda parece fechar a cinta em ouro que abraça este magnífico recipiente. Para finalizar, a base da garrafa recebeu dezenas de pérolas rosa. Todas as pedras estão delicadamente incrustadas em ouro 18 quilates. Ela foi revelada ao mundo em uma cerimônia especial, durante a Semana de Moda de Londres, no final de 2009.
Sob o olhar atento dos seguranças, ela também foi mostrada na noite de lançamento da peça Breakfast at Tiffany’s, com Anna Friel e Joseph Cross.
Em 2009, o Liqueur Chambord by Donald Edge entrou para o Guinness, o Livro de Recordes Mundiais, como a bebida alcoólica mais cara do mundo.
Por serem tão exclusivas, as garrafas serão apenas comercializadas sob encomenda, através do site especialmente criado para esta verdadeira obra-prima.
Blog que tem o objetivo de reunir informações interessantes a respeito da cachaça artesanal paulista, licores, bebidas destiladas, gastronomia e outras relacionadas.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Luxo escocês: Mortlach 70 – o whisky mais antigo do mundo
24 maio 2010
Por Ricardo Ojeda Marins
Famílias escocesas têm grandes memórias e tradições. Ao longo de várias gerações, a família Urquhart aprendeu que a qualidade dos whiskies engarrafados atualmente está condicionada à alta qualidade dos barris em que foram amadurecidos. Quando o avô de David e Michael Urquhart ingressou na Gordon & MacPhail, no primeiro ano de sua fundação, ganhou a experiência na produção dos whiskies single malt e, desde então, tal tradição vem sendo passada por quatro gerações, sempre guiadas pelo princípio de seu fundador: “O futuro é moldado por aquilo que fazemos hoje. O hoje revela tudo o que fizemos no passado”.
Depois de décadas de expectativa, finalmente foi revelado o Mortlach 70, o whisky mais antigo do mundo, produzido pela Gordon & MacPhail. O Mortlach 70 já mereceu elogios de conhecedores como Charles MacLean, que considerou a bebida extraordinária, qualificando-a como “um uísque frutado vital, mas com atributos incomuns e pouco defumado”.
O barril de carvalho, mundialmente conhecido como a melhor madeira para se obter um rico whisky, foi preenchido em 1938 com o mais puro whisky single malt produzido pela Gordon & MacPhail, e permaneceu amadurecendo nas adegas de Elgin por algumas gerações. Agora revelado, promete mexer com todos os sentidos.
Para a apresentação do raro whisky, o escritório escocês Navyblue Design desenhou um decanter em forma de gota, feito em cristal soprado e moldado à mão, com uma tampa em prata-de-lei. A luxuosa garrafa vem acomodada em uma caixa de madeira, produzida no Brasil artesanalmente com exclusividade para a Gordon & MacPhail. Seu lançamento, há pouco mais de um mês, ocorreu no Edinburgh Castle, em Edimburgo, Escócia. Sua edição é limitada: 54 decanters de 700 ml, com preço de US$ 15mil, e 162 unidades de 200 ml, que saem por US$ 3mil.
O Mortlach 70 anos é um whisky raro e marcante, um single malt construído com a experiência de algumas gerações, simbolizando os valores e a dedicação da Gordon & MacPhail, empresa familiar escocesa que desde 1895 vem dedicando-se a oferecer o melhor do melhor no mundo dos destilados e proporcionando experiências únicas a seus consumidores.
Bénédictine
Bénédictine é um licor francês de grande qualidade e talvez um dos mais antigos do mundo. Origens: Começou a ser produzido em 1510, na abadia de Fecamp, na França. Os monges dessa abadia, durante
anos, guardaram sigilosamente a sua receita. O local foi saqueado durante a Revolução Francesa, e a fórmula do Bénédictine ficou desaparecida até 1863, quando caiu nas mãos de um comerciante local.
Atualmente, este licor é fabricado por uma firma particular situada na zona da Normandia, e que nada tendo em comum com o licor fabricado pelos monges. Sabe-se que o atual fabricante continua a guardar o segredo sobre o Benedictine e que, em homenagem aos monges que inventaram a receita, construiu a fábrica Bénédictine, em réplica à abadia de Fecamp. Devido ao sigilo que envolve este licor, apenas se sabe que na sua fabricação entram várias dezenas de plantas, sendo usado o processo de maceração e destilação. Na verdade não é muito secreta sua fórmula, o que ocorre é a dosagem do conhaque, que entra na sua base de fabricação, têm de ser exata para o tipo de licor Bénédictine, que é considerado um ótimo digestivo. A bebida tem maior teor de conhaque e o licor é mais seco, portanto menos doce. As iniciais D. O. M., que aparecem no rótulo, correspondem a "Deo Optimo Maximo", ou seja, "Para Deus, o maior e o melhor".
anos, guardaram sigilosamente a sua receita. O local foi saqueado durante a Revolução Francesa, e a fórmula do Bénédictine ficou desaparecida até 1863, quando caiu nas mãos de um comerciante local.
Atualmente, este licor é fabricado por uma firma particular situada na zona da Normandia, e que nada tendo em comum com o licor fabricado pelos monges. Sabe-se que o atual fabricante continua a guardar o segredo sobre o Benedictine e que, em homenagem aos monges que inventaram a receita, construiu a fábrica Bénédictine, em réplica à abadia de Fecamp. Devido ao sigilo que envolve este licor, apenas se sabe que na sua fabricação entram várias dezenas de plantas, sendo usado o processo de maceração e destilação. Na verdade não é muito secreta sua fórmula, o que ocorre é a dosagem do conhaque, que entra na sua base de fabricação, têm de ser exata para o tipo de licor Bénédictine, que é considerado um ótimo digestivo. A bebida tem maior teor de conhaque e o licor é mais seco, portanto menos doce. As iniciais D. O. M., que aparecem no rótulo, correspondem a "Deo Optimo Maximo", ou seja, "Para Deus, o maior e o melhor".
Série especial 10 anos
Em comemoração aos seus 10 anos, a cachaça carmelitana Coração de Minas lança um lote único de 1.000 garrafa numeradas em embalagens de luxo.
Uma ótima opção de presente: Numerado. Limitado. Suave. Requintado. Coração de Minas: a marca carmelitana que conquistou o mercado no Brasil e no exterior.
Os interessados em adquirir uma garrafa da série especial podem entrar em contato pelo telefone (35) 9985.5443.
Cachaça: Aguardentes Industriais e Artesanais
A nossa cachaça é uma bebida tão nobre quanto qualquer outro destilado do mundo, tanto que vem sendo reconhecida, respeitada e muito requisitada em vários países europeus, principalmente a Alemanha. Os alemães adoram “caipirrinha”. Só nós mesmos é que continuamos achando que é uma bebida ruim, de segunda classe e sem qualidade. Não que tenhamos muita cachaça ruim por aí. Mas, aos poucos as coisas estão mudando. Vários fabricantes já se conscientizaram de que só com um produto de qualidade conquistarão o respeito e a fidelidade do consumidor e passaram a produzir cachaças bidestiladas, artesanais e de qualidade comprável a, como eu já disse, qualquer outra bebida destilada do mundo. Por Erwin Weimann
Claro que para conquistar uma fatia mais expressiva no mercado internacional de bebidas nossos fabricantes precisam conseguir um nível mínimo de qualidade para nossas cachaças. E esse nível mínimo de qualidade exigido pelos consumidores estrangeiros os produtores de cachaças artesanais já conseguiram estabelecer.
Cuidados de Produção
O resultado da produção das cachaças artesanais é diferente das aguardentes produzidas industrialmente porque o seu processo de preparo, fermentação e destilação segue um ritual diferenciado de procedimentos e cuidados.
Nas unidades de produção de aguardente industrial as plantações são imensas e a colheita da cana é feita após a queimada do canavial para despalhamento dos colmos (gomos da cana). Essa prática economiza mão de obra e facilita o trabalho de colheita e transporte das imensas quantidades industrializadas de cada vez. Mas, ao mesmo tempo, destrói todas as leveduras contidas na casca da cana, responsáveis pela formação do buquê do produto final.
Nas pequenas unidades artesanais de produção os canaviais têm proporções reduzidas e a colheita é feita com despalhe manual da cana, sem queima nem destruição das leveduras. Por isso a garapa obtida da cana colhida dessa maneira tem melhor fermentação.
Destilação
A destilação das aguardentes industriais é feita em colunas de aço inoxidável, em processo contínuo e em quantidades que chegam facilmente aos milhões de litros. É um processo muito semelhante ao da destilação do nosso conhecido álcool combustível, também produzido em milhões de litros.
A destilação das cachaças artesanais é feita em alambiques de cobre, tipo “pot still”, em quantidades pequenas chamadas “bateladas”. Batelada significa apenas uma carga do alambique de onde foram descartados o início (primeiros 10%) – a “cachaça de cabeça”, em que se concentram produtos chamados leves e que podem causar indisposições “no dia seguinte” -, e a “cauda” (últimos 10%), que também é chamada de água fraca, pois nessa fase começam a ser destilados outros produtos indesejáveis, tipo álcoois superiores.
Algumas cachaças artesanais produzidas hoje em dia já chegam à sofisticação de utilizar o processo de bidestilação na sua elaboração. Bidestilação é o processo usado na produção dos melhores uísques e conhaques e que reconhecidamente resulta num produto de qualidade superior, livre de uma série de contaminantes indesejáveis.
Consiste em selecionar uma cachaça artesanal ou industrial, diluir para uma concentração de 27º a 30º GL e destilar novamente no alambique de cobre. Se a cachaça inicial tiver sido produzida dentro dos conceitos de qualidade, esta fração poderá ser chamada de “coração do coração”.
Envelhecimento
Depois de terminado todo o processo de destilação e bidestilação, toda cachaça obtida ainda não está maturada para o consumo. Há necessidade dela “envelhecer” para apurar seu aroma e sabor. A melhor forma de envelhecimento é deixar a bebida repousar durante algum tempo em tonéis de madeira (o carvalho é o mais usado) de tamanho compatível com a quantidade produzida. Várias outras madeiras também são usadas na confecção dos tonéis: amendoim, bálsamo, ipê roxo, cabreúva, umburana, sassafrás, araruva, jequitibá, pereira e muitas outras. Claro que o tempo de envelhecimento das aguardentes industriais é muito menor do que o prazo que os produtores artesanais deixam sua produção “curtindo” antes de engarrafá-la.
Claro que para conquistar uma fatia mais expressiva no mercado internacional de bebidas nossos fabricantes precisam conseguir um nível mínimo de qualidade para nossas cachaças. E esse nível mínimo de qualidade exigido pelos consumidores estrangeiros os produtores de cachaças artesanais já conseguiram estabelecer.
Cuidados de Produção
O resultado da produção das cachaças artesanais é diferente das aguardentes produzidas industrialmente porque o seu processo de preparo, fermentação e destilação segue um ritual diferenciado de procedimentos e cuidados.
Nas unidades de produção de aguardente industrial as plantações são imensas e a colheita da cana é feita após a queimada do canavial para despalhamento dos colmos (gomos da cana). Essa prática economiza mão de obra e facilita o trabalho de colheita e transporte das imensas quantidades industrializadas de cada vez. Mas, ao mesmo tempo, destrói todas as leveduras contidas na casca da cana, responsáveis pela formação do buquê do produto final.
Nas pequenas unidades artesanais de produção os canaviais têm proporções reduzidas e a colheita é feita com despalhe manual da cana, sem queima nem destruição das leveduras. Por isso a garapa obtida da cana colhida dessa maneira tem melhor fermentação.
Destilação
A destilação das aguardentes industriais é feita em colunas de aço inoxidável, em processo contínuo e em quantidades que chegam facilmente aos milhões de litros. É um processo muito semelhante ao da destilação do nosso conhecido álcool combustível, também produzido em milhões de litros.
A destilação das cachaças artesanais é feita em alambiques de cobre, tipo “pot still”, em quantidades pequenas chamadas “bateladas”. Batelada significa apenas uma carga do alambique de onde foram descartados o início (primeiros 10%) – a “cachaça de cabeça”, em que se concentram produtos chamados leves e que podem causar indisposições “no dia seguinte” -, e a “cauda” (últimos 10%), que também é chamada de água fraca, pois nessa fase começam a ser destilados outros produtos indesejáveis, tipo álcoois superiores.
Algumas cachaças artesanais produzidas hoje em dia já chegam à sofisticação de utilizar o processo de bidestilação na sua elaboração. Bidestilação é o processo usado na produção dos melhores uísques e conhaques e que reconhecidamente resulta num produto de qualidade superior, livre de uma série de contaminantes indesejáveis.
Consiste em selecionar uma cachaça artesanal ou industrial, diluir para uma concentração de 27º a 30º GL e destilar novamente no alambique de cobre. Se a cachaça inicial tiver sido produzida dentro dos conceitos de qualidade, esta fração poderá ser chamada de “coração do coração”.
Envelhecimento
Depois de terminado todo o processo de destilação e bidestilação, toda cachaça obtida ainda não está maturada para o consumo. Há necessidade dela “envelhecer” para apurar seu aroma e sabor. A melhor forma de envelhecimento é deixar a bebida repousar durante algum tempo em tonéis de madeira (o carvalho é o mais usado) de tamanho compatível com a quantidade produzida. Várias outras madeiras também são usadas na confecção dos tonéis: amendoim, bálsamo, ipê roxo, cabreúva, umburana, sassafrás, araruva, jequitibá, pereira e muitas outras. Claro que o tempo de envelhecimento das aguardentes industriais é muito menor do que o prazo que os produtores artesanais deixam sua produção “curtindo” antes de engarrafá-la.
Que tal um cafezinho?
Seja de manhã, após o almoço, à tarde ou à noite. O certo é que ninguém resiste a um cafezinho quentinho, feito na hora.
Por Vanessa Olivier vanessa@editoraa2.com.br
Nem a maior crise financeira dos últimos tempos é capaz de frear o consumo de uma das bebidas mais populares entre os brasileiros: o cafezinho. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo da bebida no Brasil continuará crescendo a taxas anuais de 4% a 5% em 2009. Assim, a demanda interna do País considerado o segundo maior consumidor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, deverá se aproximar das 19 milhões de sacas de 60kg ao final de 2009, contra esperadas 18 milhões de sacas em 2008. No entanto, apesar de tão popular e querido pelos brasileiros, muitos não conhecem a maioria das suas inúmeras particularidades e nem como escolher e preparar um bom café.
Tipos de café
Tradicional: São os mais comuns e podem ser formados por diferentes espécies de grãos. Geralmente, a torra é mais escura e o gosto não é muito adocicado.
Superior: Pode ter até 20% da variedade de grãos robista – mais utilizado em cafés solúveis. A torra não é muito escura e o sabor é suave.
Gourmet ou especial: Produzido com 100% de grãos do tipo arábica, é considerado o mais nobre dos cafés, com sabor normalmente mais doce, chegando muitas vezes a dispensar o uso de açúcar.
Aromatizado: Contém adição de aromas como amêndoa, chocolate com frutas, creme irlandês, menta, canela, damasco etc.
Funcional: São os descafeinados – com baixo teor de cafeína –, e os orgânicos – produzidos sem o uso de agrotóxicos. Para ser considerado descafeinado um café tem que ter mais de 97% de sua cafeína retirada.
Inovador: cafés do tipo cappuccino, “mocaccino” (café quente, com espuma de leite e um bombom de chocolate sem recheio ou tablete de chocolate meio amargo), gelados, entre outros.
Influências da torra e moagem
Torra
Um dos processos mais complexos do café, a torra é responsável por possibilitar que os aromas do café possam ser extraídos na água. "Ela pode mostrar o que determinado café tem de especial ou pode estragá-lo em segundos”, conta a barista Isabela Raposeira, proprietária da Academia de Barismo Isabela Raposeira. Segundo ela, há muitos processos acontecendo ao mesmo tempo durante a técnica de torra e, se o mestre torrador não estiver atento, estraga um belíssimo café em poucos segundos.
Moagem
Influencia especialmente o método espresso, em que é uma das principais variáveis. Isabel explica que a moagem modifica o sabor da bebida por alterar o tempo de contato da água com o pó. “O certo seria moer o grão na hora do preparo e escolher aquela moagem que mais agrada para o método e café que usa. O ideal é fazer testes com moagens diferentes”.
Blend
Mistura de grãos de diferentes espécies, variedades ou origem com o objetivo de se atingir determinado resultado sensorial. “Podemos ter os cafés de origem, com um grão somente, que se equivalem aos varietais nos vinhos. E os blends são equivalentes aos vinhos que usam mais de uma uva”, explica a barista Isabela Raposeiras.
Escolher o café
Na hora de escolher o café, Isabela recomenda prestar atenção na qualidade do produto. “O consumidor precisa procurar pelas seguintes informações: 100% arábica e o nome da fazenda produtora. Assim o consumidor terá maior chance de acertar”. O próximo passo é experimentar e ver se gosta. “Os cafés têm características muito diferentes entre si, por isso, experimentar várias marcas pode ser um bom caminho para se achar o produto predileto”.
Espécies
Existem duas espécies de café, a arábica – com maior predominância em cafés especiais - e a robusta (ou conillon) – maior produtividade.
Arábica: possui aromas e sabores intensos e diferenciados. Seus grãos, maiores e mais achatados, são plantados em terras altas e tem menor produtividade. Contém menor teor de cafeína e preço bem mais elevado.
Robusta: tem menor variedade de aroma e sabor único. Seus grãos, mais arredondados, são plantados em altitudes mais baixas. Possui teor maior de cafeína e produz 30% mais grãos por árvore. Mais baratos, são os preferidos para fabricar os chamados cafés solúveis.
Dicas
* O armazenamento do café deve ser feito em potes herméticos guardados na geladeira, para que o processo de oxidação dos óleos essenciais seja mais lento.
* Para o preparo do café utilize sempre água mineral, pois o cloro prejudica o sabor da bebida.
* Cafés em grãos são ideais, pois os sabores especiais da bebida são oxidados em 20 minutos após a moagem.
Métodos de preparo
Coado: Moagem semi grossa ou levemente fina. Este é o método mais utilizado no Brasil. Modo de preparo: Distribuía o café por todo o filtro. Despeje sobre ele a água filtrada e aquecida, a uma temperatura ideal de 96ºC. A bebida é filtrada e cai na jarra pré-aquecida.
French press ou cafeteira de êmbolo: Moagem deve ser semi grossa. Muito popular na Europa e Estados Unidos, este método utiliza uma cafeteira de êmbolo que recebe uma mistura de pó e água quente. Modo de preparo: Pré-aqueça a cafeteira com água quente. Coloque o pó e, em seguida, coloque a água quente a 96ºC. Mexa e mantenha em infusão por 3 ou 4 minutos. Abaixe o êmbolo.
Mocha italiana: Moagem mais fina. Conhecido como percolação, este método é muito utilizado na Europa, principalmente na Itália. A empresa italiana Bialetti foi a criadora, em 1933, desta cafeteira que possui dois compartimentos. Modo de preparo: Coloque a água fria e filtrada até o nível da válvula do recipiente de baixo. Em seguida, coloque o pó no filtro sem compactá-lo. Feche a cafeteira e leve ao fogo baixo. Quando o café começar a subir desligue o fogo.
Café Turco: Moagem mais fina possível. Muito popular na região do Oriente Médio, Norte da África, Leste Europeu e Ásia, assume vários nomes, como café sírio, árabe ou turco. Modo de preparo: Coloque pó e água na mesma quantidade e açúcar a gosto. Leve ao fogo até ferver. Retire do fogo e recoloque para nova fervura. Repita o procedimento anterior e sirva com a borra.
Espresso: O método foi desenvolvido na Itália e tornou-se o processo mais difundido nas últimas décadas. A bebida é preparada coando-se rapidamente uma pequena quantidade de água aquecida e pressurizada por um bolo comprimido de grãos de café torrado, moídos bem fino.
Aeropress: Criado por Allan Adler, com venda exclusiva na Academia de Barismo Isabela Raposeiras, o método consiste na extração que combina o café coado e o espresso, ou seja, o café tem a consistência do coado e a complexidade sensorial do espresso.
Cafés pelo mundo
África e Oriente Médio: na maioria das vezes, o sabor do café é acentuado com algumas especiarias, como canela e cardomomo, alho ou gengibre.
Alemanha: em algumas regiões é servido com leite condensado ou chantilly.
Áustria: a bebida é servida junto com figos secos.
Bélgica: é comum servir a bebida com um pequeno pedaço de chocolate, colocado no interior da xícara, que se derrete quando entra em contato com o café.
Cuba: forte e adoçado, o café é consumido em um só gole.
França: os franceses têm o hábito de tomar café com chicória.
Grécia: a bebida é acompanhada por um copo de água gelada.
Itália: o café expresso é o mais popular.
México: em muitos lugares, a bebida é oferecida gratuitamente. O mais consumido é o chamado “café americano” – aguado e com pouco sabor.
Sul da Índia: existe o hábito de acrescentar açúcar e leite ao café e servi-lo com doces.
Suíça: o licor Kirsch é adicionado ao café
Curiosidade
A palavra café vem do árabe Kahoua ou Qahwa e quer dizer “o excitante”. Segundo a lenda, há muitos anos, enquanto tomava conta de seu rebanho de cabras em uma montanha árida e ressecada na Absínia, hoje Etiópia, um jovem pastor chamado Kaldi observou que alguns de seus animais desapareciam atrás da montanha durante algumas horas da noite e depois voltavam saltitantes. Certa noite, ele seguiu os animais e os viu pastarem pelos pequenos grãos vermelhos que se encontravam sob um arbusto. Depois de se alimentarem, as cabras e o velho bode começaram a dançar a luz da lua. Kaldi recolheu alguns grãos e, assim como os animais, depois de os consumirem começou a dançar. A partir daí, passou a utilizar os frutos na forma de infusão, percebendo que a bebida o ajudava a resistir ao sono. Esta descoberta se espalhou rapidamente entre os monastérios criando uma demanda pela bebida. As evidências mostram que o café foi cultivado, pela primeira vez, em monastérios islâmicos no Yêmen.
Por Vanessa Olivier vanessa@editoraa2.com.br
Nem a maior crise financeira dos últimos tempos é capaz de frear o consumo de uma das bebidas mais populares entre os brasileiros: o cafezinho. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo da bebida no Brasil continuará crescendo a taxas anuais de 4% a 5% em 2009. Assim, a demanda interna do País considerado o segundo maior consumidor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, deverá se aproximar das 19 milhões de sacas de 60kg ao final de 2009, contra esperadas 18 milhões de sacas em 2008. No entanto, apesar de tão popular e querido pelos brasileiros, muitos não conhecem a maioria das suas inúmeras particularidades e nem como escolher e preparar um bom café.
Tipos de café
Tradicional: São os mais comuns e podem ser formados por diferentes espécies de grãos. Geralmente, a torra é mais escura e o gosto não é muito adocicado.
Superior: Pode ter até 20% da variedade de grãos robista – mais utilizado em cafés solúveis. A torra não é muito escura e o sabor é suave.
Gourmet ou especial: Produzido com 100% de grãos do tipo arábica, é considerado o mais nobre dos cafés, com sabor normalmente mais doce, chegando muitas vezes a dispensar o uso de açúcar.
Aromatizado: Contém adição de aromas como amêndoa, chocolate com frutas, creme irlandês, menta, canela, damasco etc.
Funcional: São os descafeinados – com baixo teor de cafeína –, e os orgânicos – produzidos sem o uso de agrotóxicos. Para ser considerado descafeinado um café tem que ter mais de 97% de sua cafeína retirada.
Inovador: cafés do tipo cappuccino, “mocaccino” (café quente, com espuma de leite e um bombom de chocolate sem recheio ou tablete de chocolate meio amargo), gelados, entre outros.
Influências da torra e moagem
Torra
Um dos processos mais complexos do café, a torra é responsável por possibilitar que os aromas do café possam ser extraídos na água. "Ela pode mostrar o que determinado café tem de especial ou pode estragá-lo em segundos”, conta a barista Isabela Raposeira, proprietária da Academia de Barismo Isabela Raposeira. Segundo ela, há muitos processos acontecendo ao mesmo tempo durante a técnica de torra e, se o mestre torrador não estiver atento, estraga um belíssimo café em poucos segundos.
Moagem
Influencia especialmente o método espresso, em que é uma das principais variáveis. Isabel explica que a moagem modifica o sabor da bebida por alterar o tempo de contato da água com o pó. “O certo seria moer o grão na hora do preparo e escolher aquela moagem que mais agrada para o método e café que usa. O ideal é fazer testes com moagens diferentes”.
Blend
Mistura de grãos de diferentes espécies, variedades ou origem com o objetivo de se atingir determinado resultado sensorial. “Podemos ter os cafés de origem, com um grão somente, que se equivalem aos varietais nos vinhos. E os blends são equivalentes aos vinhos que usam mais de uma uva”, explica a barista Isabela Raposeiras.
Escolher o café
Na hora de escolher o café, Isabela recomenda prestar atenção na qualidade do produto. “O consumidor precisa procurar pelas seguintes informações: 100% arábica e o nome da fazenda produtora. Assim o consumidor terá maior chance de acertar”. O próximo passo é experimentar e ver se gosta. “Os cafés têm características muito diferentes entre si, por isso, experimentar várias marcas pode ser um bom caminho para se achar o produto predileto”.
Espécies
Existem duas espécies de café, a arábica – com maior predominância em cafés especiais - e a robusta (ou conillon) – maior produtividade.
Arábica: possui aromas e sabores intensos e diferenciados. Seus grãos, maiores e mais achatados, são plantados em terras altas e tem menor produtividade. Contém menor teor de cafeína e preço bem mais elevado.
Robusta: tem menor variedade de aroma e sabor único. Seus grãos, mais arredondados, são plantados em altitudes mais baixas. Possui teor maior de cafeína e produz 30% mais grãos por árvore. Mais baratos, são os preferidos para fabricar os chamados cafés solúveis.
Dicas
* O armazenamento do café deve ser feito em potes herméticos guardados na geladeira, para que o processo de oxidação dos óleos essenciais seja mais lento.
* Para o preparo do café utilize sempre água mineral, pois o cloro prejudica o sabor da bebida.
* Cafés em grãos são ideais, pois os sabores especiais da bebida são oxidados em 20 minutos após a moagem.
Métodos de preparo
Coado: Moagem semi grossa ou levemente fina. Este é o método mais utilizado no Brasil. Modo de preparo: Distribuía o café por todo o filtro. Despeje sobre ele a água filtrada e aquecida, a uma temperatura ideal de 96ºC. A bebida é filtrada e cai na jarra pré-aquecida.
French press ou cafeteira de êmbolo: Moagem deve ser semi grossa. Muito popular na Europa e Estados Unidos, este método utiliza uma cafeteira de êmbolo que recebe uma mistura de pó e água quente. Modo de preparo: Pré-aqueça a cafeteira com água quente. Coloque o pó e, em seguida, coloque a água quente a 96ºC. Mexa e mantenha em infusão por 3 ou 4 minutos. Abaixe o êmbolo.
Mocha italiana: Moagem mais fina. Conhecido como percolação, este método é muito utilizado na Europa, principalmente na Itália. A empresa italiana Bialetti foi a criadora, em 1933, desta cafeteira que possui dois compartimentos. Modo de preparo: Coloque a água fria e filtrada até o nível da válvula do recipiente de baixo. Em seguida, coloque o pó no filtro sem compactá-lo. Feche a cafeteira e leve ao fogo baixo. Quando o café começar a subir desligue o fogo.
Café Turco: Moagem mais fina possível. Muito popular na região do Oriente Médio, Norte da África, Leste Europeu e Ásia, assume vários nomes, como café sírio, árabe ou turco. Modo de preparo: Coloque pó e água na mesma quantidade e açúcar a gosto. Leve ao fogo até ferver. Retire do fogo e recoloque para nova fervura. Repita o procedimento anterior e sirva com a borra.
Espresso: O método foi desenvolvido na Itália e tornou-se o processo mais difundido nas últimas décadas. A bebida é preparada coando-se rapidamente uma pequena quantidade de água aquecida e pressurizada por um bolo comprimido de grãos de café torrado, moídos bem fino.
Aeropress: Criado por Allan Adler, com venda exclusiva na Academia de Barismo Isabela Raposeiras, o método consiste na extração que combina o café coado e o espresso, ou seja, o café tem a consistência do coado e a complexidade sensorial do espresso.
Cafés pelo mundo
África e Oriente Médio: na maioria das vezes, o sabor do café é acentuado com algumas especiarias, como canela e cardomomo, alho ou gengibre.
Alemanha: em algumas regiões é servido com leite condensado ou chantilly.
Áustria: a bebida é servida junto com figos secos.
Bélgica: é comum servir a bebida com um pequeno pedaço de chocolate, colocado no interior da xícara, que se derrete quando entra em contato com o café.
Cuba: forte e adoçado, o café é consumido em um só gole.
França: os franceses têm o hábito de tomar café com chicória.
Grécia: a bebida é acompanhada por um copo de água gelada.
Itália: o café expresso é o mais popular.
México: em muitos lugares, a bebida é oferecida gratuitamente. O mais consumido é o chamado “café americano” – aguado e com pouco sabor.
Sul da Índia: existe o hábito de acrescentar açúcar e leite ao café e servi-lo com doces.
Suíça: o licor Kirsch é adicionado ao café
Curiosidade
A palavra café vem do árabe Kahoua ou Qahwa e quer dizer “o excitante”. Segundo a lenda, há muitos anos, enquanto tomava conta de seu rebanho de cabras em uma montanha árida e ressecada na Absínia, hoje Etiópia, um jovem pastor chamado Kaldi observou que alguns de seus animais desapareciam atrás da montanha durante algumas horas da noite e depois voltavam saltitantes. Certa noite, ele seguiu os animais e os viu pastarem pelos pequenos grãos vermelhos que se encontravam sob um arbusto. Depois de se alimentarem, as cabras e o velho bode começaram a dançar a luz da lua. Kaldi recolheu alguns grãos e, assim como os animais, depois de os consumirem começou a dançar. A partir daí, passou a utilizar os frutos na forma de infusão, percebendo que a bebida o ajudava a resistir ao sono. Esta descoberta se espalhou rapidamente entre os monastérios criando uma demanda pela bebida. As evidências mostram que o café foi cultivado, pela primeira vez, em monastérios islâmicos no Yêmen.
"Destilleria El Mosquito" Uma caixa postal suíça nas serras de Córdoba
Markus e Veselka abandonaram a Basiléia para imigrar para a Argentina no ano 2000. Eles se casaram, tiveram filhos e montaram sua empresa de destilados nas serras de Córdoba.
Uma história que conjuga aventura, amor e trabalho e que acaba de começar...
Markus Schmid é suíço e Veselka Spasova búlgara. Juntos os dois empreenderam uma aventura quando decidiram deixar seus trabalho na Suíça e na Alemanha, respectivamente, para ir à Argentina, mais precisamente a zona serrana do Valle de Calamuchite, na província de Córdoba.
Eles escolheram o povoado de San José para se assentar. Lá os dois compraram uma fazenda de 28 hectares no meio da serra, um lugar quase isolado, sem água corrente, telefone ou Internet. Lá o casal está terminando de construir sua charmosa casa e montaram também uma destilaria de aguardente e licores.
Caixa postal suíça na Argentina
Vê-los nas suas terras, rodeados por uma paisagem que honra a natureza, com Matías (o maior dos seus filhos, com 22 meses), correndo entre as ovelhas enquanto o filho mais novo, de dois meses, dorme, parece uma publicidade alpina.
Swissinfo visitou os novos imigrantes nesse cenário, onde perguntou-lhes sobre os motivos que os trouxeram para a Argentina, os sonhos, os projetos de família e sobre o "El Mosquito", a pequena empresa que montaram sem ajuda de ninguém. Eles até estão exportando para a Suíça seus produtos.
- Viemos à busca de paz e natureza. Nós amamos ter nossos próprios animais e nossa pequena fazenda. Vivíamos na cidade, porém sonhávamos em ter um lugar como esse - revela Veselka.
Markus conta que já conhecia a Argentina através da sua irmã Elizabeth, que tem uma casa de férias em Santa Rosa de Calamuchite, onde passa três meses por ano.
Sua esposa, ao contrário, não conhecia a Argentina. Para ela estava sendo uma grande aventura abandonar a Europa.
- Não tinha a menor idéia desse lugar, mas Markus me havia contado como era. Assim eu decidi acompanhá-lo. Agora estou encantada. Aqui nos casamos, formamos nossa família e agora estamos fazendo tudo juntos.
Um desafio permanente
Quando chegaram no lugar não havia nada, nem sequer energia elétrica. Mas isso não constituiu um grande problema para o casal, mas sim um desafio que estão conseguido aos poucos dominar.
- Para nós é uma aventura viver aqui. Temos que produzir nossa própria energia e fizemos também um poço para reter a água. A única coisa que verdadeiramente precisamos é um telefone e acesso à Internet para estar em contato com o mundo e trabalhar - conta Markus, que destaca também as vantagens do local que vivem:
- O clima aqui é muito bom. Temos nossas terras, plantamos 120 árvores frutíferas para produzir nossos licores, temos nossos animais e muita tranqüilidade.
Por que "El Mosquito"?
- Nós colocamos esse nome de "El Mosquito" pois trata-se de uma pequena empresa e o produto "pica" - contam os dois, com uma pequena dose de humor.
Desde a colheita até a maceração da fruta, a fermentação, o processo de destilação e engarrafamento, até o marketing e a venda, o casal trabalha junto.
Markus aproveita as lições herdadas do seu pai, Yvo Schmid, que também tem sua destilaria na Suíça. Veselka aplica seus conhecimentos adquiridos no anos de trabalho no setor de turismo na Alemanha.
- Recebemos muitos turistas locais, mas muitos alemães e suíços também. Quando eles descobrem que existimos, sempre pedem para dar um pulo na fazenda - conta Markus. Ele explica também que se considera um pioneiro na Argentina.
- Na Argentina não existe a cultura da aguardente e dos destilados. Por isso fui obrigado a fazer tudo sozinho, como por exemplo a destilaria e até o meu próprio alambique.
Como técnico formado em mecânica, ele é capaz de concertar bicicletas, motos e veículos. Por isso o suíço corta, solda e monta qualquer peça que deseja.
Atualmente a pequena empresa está produzindo 20 mil litros anuais de diferentes licores como uva, maça, pêssego e outras, além de aguardente com sabor. De todas as garrafas, mil são exportadas por ano para a Suíça. Elas têm, cada uma, um litro.
- Os argentinos gostam mais dos licores e menos das grapas. Talvez seja uma preferência por coisas doces. A aguardente de cidrão foi premiada com medalha de ouro no concurso "World Spirits 2005", o único do mundo, pois é fabricada com uma erva nativa e também muito apreciada pelos suíços - explica entusiasmada Veselka.
De olho no futuro
O casal está otimista. Eles esperam terminar de construir a casa e levar para frente seu negócio.
- Estamos crescendo aos poucos. Agora já exportamos e vendemos até no Alvear Palace Hotel, um dos melhores de Buenos Aires. Nossos produtos estão cada vez mais conhecidos. Nós vendemos eles nas vinotecas mais importantes, pois não são encontrados nos supermercados comuns.
- A maior parte das nossas bebidas podem ser encontradas na loja "Sabores Argentinos" na Suíça, que é especializada em produtos finos da América Latina. Acho que estamos no caminho certo - conclui.
swissinfo, Norma Domínguez
Uma história que conjuga aventura, amor e trabalho e que acaba de começar...
Markus Schmid é suíço e Veselka Spasova búlgara. Juntos os dois empreenderam uma aventura quando decidiram deixar seus trabalho na Suíça e na Alemanha, respectivamente, para ir à Argentina, mais precisamente a zona serrana do Valle de Calamuchite, na província de Córdoba.
Eles escolheram o povoado de San José para se assentar. Lá os dois compraram uma fazenda de 28 hectares no meio da serra, um lugar quase isolado, sem água corrente, telefone ou Internet. Lá o casal está terminando de construir sua charmosa casa e montaram também uma destilaria de aguardente e licores.
Caixa postal suíça na Argentina
Vê-los nas suas terras, rodeados por uma paisagem que honra a natureza, com Matías (o maior dos seus filhos, com 22 meses), correndo entre as ovelhas enquanto o filho mais novo, de dois meses, dorme, parece uma publicidade alpina.
Swissinfo visitou os novos imigrantes nesse cenário, onde perguntou-lhes sobre os motivos que os trouxeram para a Argentina, os sonhos, os projetos de família e sobre o "El Mosquito", a pequena empresa que montaram sem ajuda de ninguém. Eles até estão exportando para a Suíça seus produtos.
- Viemos à busca de paz e natureza. Nós amamos ter nossos próprios animais e nossa pequena fazenda. Vivíamos na cidade, porém sonhávamos em ter um lugar como esse - revela Veselka.
Markus conta que já conhecia a Argentina através da sua irmã Elizabeth, que tem uma casa de férias em Santa Rosa de Calamuchite, onde passa três meses por ano.
Sua esposa, ao contrário, não conhecia a Argentina. Para ela estava sendo uma grande aventura abandonar a Europa.
- Não tinha a menor idéia desse lugar, mas Markus me havia contado como era. Assim eu decidi acompanhá-lo. Agora estou encantada. Aqui nos casamos, formamos nossa família e agora estamos fazendo tudo juntos.
Um desafio permanente
Quando chegaram no lugar não havia nada, nem sequer energia elétrica. Mas isso não constituiu um grande problema para o casal, mas sim um desafio que estão conseguido aos poucos dominar.
- Para nós é uma aventura viver aqui. Temos que produzir nossa própria energia e fizemos também um poço para reter a água. A única coisa que verdadeiramente precisamos é um telefone e acesso à Internet para estar em contato com o mundo e trabalhar - conta Markus, que destaca também as vantagens do local que vivem:
- O clima aqui é muito bom. Temos nossas terras, plantamos 120 árvores frutíferas para produzir nossos licores, temos nossos animais e muita tranqüilidade.
Por que "El Mosquito"?
- Nós colocamos esse nome de "El Mosquito" pois trata-se de uma pequena empresa e o produto "pica" - contam os dois, com uma pequena dose de humor.
Desde a colheita até a maceração da fruta, a fermentação, o processo de destilação e engarrafamento, até o marketing e a venda, o casal trabalha junto.
Markus aproveita as lições herdadas do seu pai, Yvo Schmid, que também tem sua destilaria na Suíça. Veselka aplica seus conhecimentos adquiridos no anos de trabalho no setor de turismo na Alemanha.
- Recebemos muitos turistas locais, mas muitos alemães e suíços também. Quando eles descobrem que existimos, sempre pedem para dar um pulo na fazenda - conta Markus. Ele explica também que se considera um pioneiro na Argentina.
- Na Argentina não existe a cultura da aguardente e dos destilados. Por isso fui obrigado a fazer tudo sozinho, como por exemplo a destilaria e até o meu próprio alambique.
Como técnico formado em mecânica, ele é capaz de concertar bicicletas, motos e veículos. Por isso o suíço corta, solda e monta qualquer peça que deseja.
Atualmente a pequena empresa está produzindo 20 mil litros anuais de diferentes licores como uva, maça, pêssego e outras, além de aguardente com sabor. De todas as garrafas, mil são exportadas por ano para a Suíça. Elas têm, cada uma, um litro.
- Os argentinos gostam mais dos licores e menos das grapas. Talvez seja uma preferência por coisas doces. A aguardente de cidrão foi premiada com medalha de ouro no concurso "World Spirits 2005", o único do mundo, pois é fabricada com uma erva nativa e também muito apreciada pelos suíços - explica entusiasmada Veselka.
De olho no futuro
O casal está otimista. Eles esperam terminar de construir a casa e levar para frente seu negócio.
- Estamos crescendo aos poucos. Agora já exportamos e vendemos até no Alvear Palace Hotel, um dos melhores de Buenos Aires. Nossos produtos estão cada vez mais conhecidos. Nós vendemos eles nas vinotecas mais importantes, pois não são encontrados nos supermercados comuns.
- A maior parte das nossas bebidas podem ser encontradas na loja "Sabores Argentinos" na Suíça, que é especializada em produtos finos da América Latina. Acho que estamos no caminho certo - conclui.
swissinfo, Norma Domínguez
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Licor – Para um final de jantar e início de uma noite de paixão
Jorge Tadeu da Silva
Os licores surgiram para guardar, transmitir e potencializar os princípios ativos e os sabores de ervas, plantas e frutas no álcool. Apareceram na Antigüidade, quando egípcios e gregos deram os primeiros passos rumo ao domínio das técnicas de destilação. Naquela época, a bebida era usada para a cura de todos os males, como elixir de rejuvenescimento ou poção do amor. Hoje, eles são os acordes primorosos para o final de um jantar e ingredientes básicos de vários coquetéis, além de acompanhar, como um cupido engarrafado, as preliminares de uma noite de paixão.
História
Durante os séculos IV, V e VI de nossa era as receitas de licores ficavam confinadas no maior segredo, em laboratórios de alquimia e nos mosteiros. Por serem grandes cultivadores de ervas – com finalidades terapêuticas, claro –, os religiosos acabaram criando grandes licores, como o Bénédictine e o Chartreuse.
A bebida como a conhecemos atualmente só foi produzida por volta do ano de 1250, quando o químico catalão Arnold de Vila Nova fez um verdadeiro tratado sobre a infusão de ervas no álcool. Vila Nova foi o primeiro a escrever receitas de licores medicinais. Ele descobriu um meio de capturar os princípios aromáticos das ervas no próprio álcool.
Muito tempo depois, no início do século XVI, Catarina de Médicis lançou a moda dos licores entre a nobreza. Quando deixou a cidade de Florença, na Itália, para se casar com Henrique II da França, carregou algumas receitas na bagagem. Mas foi só no reinado de Luís XVI que o licor tomou a França. O rei era um consumidor ávido e fiel de uma fórmula inventada por seu médico pessoal, uma mistura de anis, coentro, erva-doce, flor de laranjeira, cravo e canela. Como a corte imitava o rei em tudo, não demorou muito para o líquido régio cair no gosto da aristocracia francesa.
Tipos de licor
Os melhores e mais sofisticados licores são feitos pelo processo de destilação do álcool. Os componentes aromáticos do licor são adicionados ao destilado base, compondo uma mistura que depois será destilada. O produto é então adocicado e, se for o caso, recebe um corante. Já no processo de infusão os componentes da receita ficam macerando dentro do álcool por um longo período. Depois disso, com o líquido fortemente aromatizado, a mistura é filtrada e recebe açúcar. Seja qual for o processo, espera-se o tempo necessário para a consumação do perfeito casamento entre perfumes e sabores.
Os licores surgiram para guardar, transmitir e potencializar os princípios ativos e os sabores de ervas, plantas e frutas no álcool. Apareceram na Antigüidade, quando egípcios e gregos deram os primeiros passos rumo ao domínio das técnicas de destilação. Naquela época, a bebida era usada para a cura de todos os males, como elixir de rejuvenescimento ou poção do amor. Hoje, eles são os acordes primorosos para o final de um jantar e ingredientes básicos de vários coquetéis, além de acompanhar, como um cupido engarrafado, as preliminares de uma noite de paixão.
História
Durante os séculos IV, V e VI de nossa era as receitas de licores ficavam confinadas no maior segredo, em laboratórios de alquimia e nos mosteiros. Por serem grandes cultivadores de ervas – com finalidades terapêuticas, claro –, os religiosos acabaram criando grandes licores, como o Bénédictine e o Chartreuse.
A bebida como a conhecemos atualmente só foi produzida por volta do ano de 1250, quando o químico catalão Arnold de Vila Nova fez um verdadeiro tratado sobre a infusão de ervas no álcool. Vila Nova foi o primeiro a escrever receitas de licores medicinais. Ele descobriu um meio de capturar os princípios aromáticos das ervas no próprio álcool.
Muito tempo depois, no início do século XVI, Catarina de Médicis lançou a moda dos licores entre a nobreza. Quando deixou a cidade de Florença, na Itália, para se casar com Henrique II da França, carregou algumas receitas na bagagem. Mas foi só no reinado de Luís XVI que o licor tomou a França. O rei era um consumidor ávido e fiel de uma fórmula inventada por seu médico pessoal, uma mistura de anis, coentro, erva-doce, flor de laranjeira, cravo e canela. Como a corte imitava o rei em tudo, não demorou muito para o líquido régio cair no gosto da aristocracia francesa.
Tipos de licor
Os melhores e mais sofisticados licores são feitos pelo processo de destilação do álcool. Os componentes aromáticos do licor são adicionados ao destilado base, compondo uma mistura que depois será destilada. O produto é então adocicado e, se for o caso, recebe um corante. Já no processo de infusão os componentes da receita ficam macerando dentro do álcool por um longo período. Depois disso, com o líquido fortemente aromatizado, a mistura é filtrada e recebe açúcar. Seja qual for o processo, espera-se o tempo necessário para a consumação do perfeito casamento entre perfumes e sabores.
domingo, 3 de outubro de 2010
QUEIJOBOM CENTER
Av. Monte Sião, 750 - Águas de Lindóia - SP - Tel: (19) 3824-1303
A idéia do nome era vender produtos conforme os fregueses pediam.
--- Você tem Queijo do Bom?
--- Sim, temos Queijo Bom!
Isto foi por volta de 1970, revendendo o produto de uma região famosa que é Poço Fundo, no sul de Minas Gerais; deu sorte o Queijo Bom era bom de verdade!
Cliente satisfeito, único na praça, hoje tem uma dúzia, e o Queijobom creceu mais, e continua com a mesma tradição de 1970, só vendendo o produto que lhe deu o nome.
Há mais de 30 anos na cidade de Águas de Lindóia, a apenas 2 horas da Capital de São Paulo. Nestes anos todos tem sido nacionalmente conhecido principalmente pela qualidade do queijo que comercializa vindos diretamente de produtores fiéis do sul de Minas Gerais.
O Queijobom é um ponto de referência e encontro de viajantes que passam pela região, grupos de turistas de todas a idades em busca das maravilhosas águas e compras de malhas não só da cidade, como da vizinha Monte Sião.
É com orgulho que o Queijobom tenha atingido este grau de divulgação e prima pelo atendimento aos consumidores, variedades de produtos como diversos tipos de queijos, vinhos, cachaça e licores, biscoitos e doces de todos os tipos organizados e distribuidos na sua grande loja.
Conta com um amplo estacionamento para ônibus de turismo e automóveis.
Quando estiver na região, faça uma visita. Será impossível não levar para casa um pouquinho das das suas delícias!
Le Caffè de Serra Negra SP, é certificada na categoria Casa de Café Premium pela ABIC
ABIC certifica única cafeteria na categoria Casa de Café Premium do interior do Estado de São Paulo -Serra Negra /SP
LE CAFFÈ OBTÉM CERTIFICAÇÃO NACIONAL DE QUALIDADE
O Le Caffè nasceu em 2005, em Serra Negra, sendo a primeira casa especializada em café na cidade e pioneira também ao introduzir novos hábitos à um público, até então, carente da cultura do café gourmet. Apaixonadas por café, as proprietárias, a barista e degustadora Ana Martin e a consultora nutricional e barista Savine Frida, desejavam, então, oferecer à cidade um espaço diferenciado e inovador: uma verdadeira cafeteria, proporcionando o melhor do café brasileiro.
Com uma identidade definida e estilo próprio, o Le Caffè desenvolveu um trabalho de educação para o consumo de café de qualidade e conseguiu provar que “café não é tudo igual”, se tornando em pouco tempo, referência em cafeteria na região e agradando aos mais variados perfis de apreciadores.
Muito mais do que servir o melhor espresso, a proposta da cafeteria é introduzir o cliente no mundo do café, através dos sentidos. Inebriado pelo aroma que envolve o ambiente, o cliente recebe orientações de baristas treinadas sobre degustação, qualidade, características do café através de folhetos, quadros expositores e amostras de grãos, além de dicas de preparo em casa.
Com ambiente charmoso e aconchegante, a decoração tem como tema principal o café e se destaca também pelos objetos antigos que proporcionam uma viagem ao passado. O espaço oferece ambiente interno climatizado, ambiente externo, música agradável, DVD, jogos de entretenimento, revistas e jornais para leitura, além de um pequeno acervo de livros sobre café e outros temas, disponível para os clientes.
A cafeteria oferece também café em grão ou moído (em moagens especiais para coador, cafeteira italiana ou máquina de “espresso”) para o cliente que deseja degustá-lo em casa.
Endereço certo para reuniões descontraídas, degustar um verdadeiro café especial ou, simplesmente, resgatar boas lembranças, o Le Caffè vem se firmando também como uma referência turística em Serra Negra.
Café
Da máquina italiana La Spazialle, é extraído o cremoso “espresso” gourmet da marca D’Oraggio, um estate coffee produzido a uma altitude de 1.000 m, nas montanhas de Serra Negra (Certificação: UTZ Kapeh; Categoria ABIC: Gourmet )
Cardápio
Refletindo a identidade da casa, o cardápio diferenciado e com constantes inovações apresenta mais de cinqüenta opções de bebidas com café: “espressos” tradicionais e especiais, drinks com café, mochas e cappuccinos quentes e gelados, além de chocolates, chás especiais e sodas, entre outros.
Além dos prazeres do café, o cardápio oferece entre outras opções, uma grande variedade de bolos e tortas artesanais, sendo que a maioria das receitas só podem ser degustadas aqui, por serem receitas exclusivas de família.
Destaque: Torta de banana com doce de leite, torta de pêra, bolo dos deuses (com nozes, pedaços de chocolate branco e escuro e mascavo) servido com hot fudge.
CERTIFICAÇÃO PROGRAMA CÍRCULO DO CAFÉ DE QUALIDADE - ABIC
Em novembro de 2009, o Le Caffè recebeu a certificação do programa CCQ da ABIC, sendo qualificada como CASA DE CAFÉ PREMIUM, a categoria máxima do programa, conferida ao estabelecimento que além de atender a todos os requisitos obrigatórios da Norma de Referência para essa certificação, possui ainda itens diferenciadores em relação ao mercado.
A ÚNICA cafeteria do interior do estado de São Paulo, certificada nessa categoria.
INDICAÇÃO GUIA QUATRO RODAS
A ÚNICA cafeteria indicada pelo Guia Quatro Rodas, pelo terceiro ano consecutivo, na região do Circuito das Águas (que compreende 8 cidades: Amparo, Águas de Lindóia, Lindóia, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Socorro e Serra Negra).
LE CAFFÈ OBTÉM CERTIFICAÇÃO NACIONAL DE QUALIDADE
O Le Caffè nasceu em 2005, em Serra Negra, sendo a primeira casa especializada em café na cidade e pioneira também ao introduzir novos hábitos à um público, até então, carente da cultura do café gourmet. Apaixonadas por café, as proprietárias, a barista e degustadora Ana Martin e a consultora nutricional e barista Savine Frida, desejavam, então, oferecer à cidade um espaço diferenciado e inovador: uma verdadeira cafeteria, proporcionando o melhor do café brasileiro.
Com uma identidade definida e estilo próprio, o Le Caffè desenvolveu um trabalho de educação para o consumo de café de qualidade e conseguiu provar que “café não é tudo igual”, se tornando em pouco tempo, referência em cafeteria na região e agradando aos mais variados perfis de apreciadores.
Muito mais do que servir o melhor espresso, a proposta da cafeteria é introduzir o cliente no mundo do café, através dos sentidos. Inebriado pelo aroma que envolve o ambiente, o cliente recebe orientações de baristas treinadas sobre degustação, qualidade, características do café através de folhetos, quadros expositores e amostras de grãos, além de dicas de preparo em casa.
Com ambiente charmoso e aconchegante, a decoração tem como tema principal o café e se destaca também pelos objetos antigos que proporcionam uma viagem ao passado. O espaço oferece ambiente interno climatizado, ambiente externo, música agradável, DVD, jogos de entretenimento, revistas e jornais para leitura, além de um pequeno acervo de livros sobre café e outros temas, disponível para os clientes.
A cafeteria oferece também café em grão ou moído (em moagens especiais para coador, cafeteira italiana ou máquina de “espresso”) para o cliente que deseja degustá-lo em casa.
Endereço certo para reuniões descontraídas, degustar um verdadeiro café especial ou, simplesmente, resgatar boas lembranças, o Le Caffè vem se firmando também como uma referência turística em Serra Negra.
Café
Da máquina italiana La Spazialle, é extraído o cremoso “espresso” gourmet da marca D’Oraggio, um estate coffee produzido a uma altitude de 1.000 m, nas montanhas de Serra Negra (Certificação: UTZ Kapeh; Categoria ABIC: Gourmet )
Cardápio
Refletindo a identidade da casa, o cardápio diferenciado e com constantes inovações apresenta mais de cinqüenta opções de bebidas com café: “espressos” tradicionais e especiais, drinks com café, mochas e cappuccinos quentes e gelados, além de chocolates, chás especiais e sodas, entre outros.
Além dos prazeres do café, o cardápio oferece entre outras opções, uma grande variedade de bolos e tortas artesanais, sendo que a maioria das receitas só podem ser degustadas aqui, por serem receitas exclusivas de família.
Destaque: Torta de banana com doce de leite, torta de pêra, bolo dos deuses (com nozes, pedaços de chocolate branco e escuro e mascavo) servido com hot fudge.
CERTIFICAÇÃO PROGRAMA CÍRCULO DO CAFÉ DE QUALIDADE - ABIC
Em novembro de 2009, o Le Caffè recebeu a certificação do programa CCQ da ABIC, sendo qualificada como CASA DE CAFÉ PREMIUM, a categoria máxima do programa, conferida ao estabelecimento que além de atender a todos os requisitos obrigatórios da Norma de Referência para essa certificação, possui ainda itens diferenciadores em relação ao mercado.
A ÚNICA cafeteria do interior do estado de São Paulo, certificada nessa categoria.
INDICAÇÃO GUIA QUATRO RODAS
A ÚNICA cafeteria indicada pelo Guia Quatro Rodas, pelo terceiro ano consecutivo, na região do Circuito das Águas (que compreende 8 cidades: Amparo, Águas de Lindóia, Lindóia, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Socorro e Serra Negra).
A grandeza e beleza paulista
São Paulo é mais do que um estado; é um estado superlativo. Tem a maior população (40 milhões) dentre todos os estados brasileiros, o maior parque industrial, a maior produção agropecuária, a maior produção econômica, o maior número de imigrantes e é o estado mais cosmopolita da América do Sul.
Tem, também, excelentes opões de turismo, tanto no interior como em seu litoral com mais de 600 quilômetros de praias, que se estende de Ubatuba, no norte, a Cananéia, no sul. E, é claro, uma rica gastronomia, que mistura as heranças dos índios e dos bandeirantes, com as colonizações italiana, portuguesa e japonesa, para ficar apenas nesses povos.
Mercadão, símbolo da gastronomia paulistana
Índios, bandeirantes, tropeiros, colonizadores, todos foram deixando suas marcas na culinária paulista. Assim é o azul-marinho de Ubatuba, prato genuinamente caiçara; ou o afogado, de Paraibuna, herança portuguesa e escrava; o virado paulista, comida dos tropeiros; e a lingüiça de Bragança, receita italiana.
O virado paulista
São Paulo é, ainda, o maior produtor de cachaça industrial do Brasil e tem uma importante produção de cachaça artesanal, com alambiques e engenhos espalhados por todo o estado, como é o caso de Monte Alegre do Sul, onde se encontram mais de 60 alambiques artesanais. Diga-se de passagem que a cachaça é de origem paulista e nasceu em um engenho na Capitania de S. Vicente, entre 1532 e 1548, da cana-de-açúcar trazida da Ásia pelos portugueses. A Vila de São Vicente foi o berço da colonização em São Paulo.
O agronegócio influencia a economia paulista e começa a ser visto, também, como potencial turístico, tanto que nove municípios, com o apoio do Governo do Estado e do Sebrae-SP, criaram o Circuito das Frutas, com belos passeios por fazendas, sítios e pomares de goiabas, lichias,maracujás, pêras japonesas.
Na capital, o turista se delicia com a feijoada, o virado e as cores e sabores do Mercadão, prédio de arquitetura neobarroca construído entre 1926 e 1933 e restaurado em 2004.
Chico Junior
Precipitação de dextranas prejudica aceitação de bebida
Por Júlio Bernardes - jubern@usp.br
Imagem cedida pelo pesquisador
Publicado em 16/agosto/2010
Editoria : Tecnologia
No Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, o químico Francisco Wendel Batista de Aquino investigou a formação de precipitados de dextranas na aguardente adoçada. O precipitado, na forma de flocos esbranquiçados, prejudica o aspecto visual da bebida e sua aceitação comercial. O estudo sugere um maior controle de qualidade no açúcar adicionado na produção de aguardente, além de um período prévio de estocagem antes da comercialização, para verificar indícios de precipitação.
Formação de precipitado pode levar de três a seis meses após adoçagem da aguardenteAs dextranas são polímeros resultantes do metabolismo de bactérias como o Leuconostoc mesenteroides amplamente disseminadas nos canaviais. “Estes microorganismos contaminam a cana-de-açúcar no campo e metabolizam a sacarose presente na cana”, relata Aquino. “A alta massa molar das dextranas impede que estes compostos cheguem à aguardente através da destilação.” Por essa razão, somente a bebida adoçada após a destilação apresenta os polímeros em maior ou menor quantidade, dependendo da qualidade do açúcar utilizado.
Embora as dextranas sejam inofensivas para a saúde humana, a sua precipitação leva a formação de um precipitado esbranquiçado dentro da bebida, o que prejudica a aceitação do produto junto ao consumidor. No início, o trabalho determinou a distribuição de massa molar médio das moléculas de dextranas mais frequentemente encontradas no açúcar brasileiro. “Por ser um polímero, existe uma natural variação na sua distribuição de massa, e quanto maior esta massa, maior será a sua insolubilidade em etanol”, explica o pesquisador. “Essa diferença também faz com que varie o tempo para a percepção de sua precipitação.”
Em seguida, foram realizados ensaios com soluções modelo adicionadas de padrões de dextranas com massas molares representativas das dextranas mais comumente encontradas no açúcar utilizado pelos produtores de aguardente. A precipitação foi acompanhada ao longo do tempo, em função de parâmetros de temperatura, acidez, presença de metais e variação da massa molar das dextranas. “A precipitação não é instantânea”, revela Aquino. “Mesmo com uma apreciável quantidade de dextranas na bebida, inicialmente acontece o aumento da sua turbidez antes da deposição do precipitado, o que pode levar cerca de três a seis meses.”
Armazenagem
Segundo a pesquisa, a diminuição da temperatura de estocagem e a queda de acidez também são fatores que favorecem a precipitação. Entretanto, Aquino afirma que a ausência de precipitação durante as primeiras semanas após o engarrafamento da aguardente adoçada não garante que o problema não se manifeste com o decorrer do tempo.
“Entende-se o lado econômico dos fabricantes de aguardente de cana, mas seria interessante para os produtores que não dispusessem de informações sobre a concentração e a distribuição de massa das dextranas presentes no açúcar, que seu estoque fosse monitorado por um período de pelo menos 90 dias, onde a não detecção de precipitados lhes forneceria uma razoável margem de segurança quanto a não ocorrência deste problema”, observa o químico. “Por isso, o controle de qualidade do açúcar usado na produção da bebida é fundamental.”
“É importante ressaltar que a adição de açúcar na aguardente é permitida pala legislação brasileira e o consumo de uma aguardente adoçada é questão de preferência do consumidor”, aponta o pesquisador. “Entretanto, o ideal seria a não adoçagem da bebida, pois além da ausência do problema da formação de flocos, outras características sensoriais de uma boa aguardente como uma baixa acidez seriam ressaltadas.”
Aquino realizou a pesquisa no Laboratório para o Desenvolvimento da Química da Aguardente (LQDA) do IQSC, coordenado pelo professor Douglas Wagner Franco. Os estudos devem prosseguir visando o desenvolvimento procedimentos que possuam levar a redução do problema mesmo quando da adoçagem da aguardente.
Imagem cedida pelo pesquisador
Publicado em 16/agosto/2010
Editoria : Tecnologia
No Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, o químico Francisco Wendel Batista de Aquino investigou a formação de precipitados de dextranas na aguardente adoçada. O precipitado, na forma de flocos esbranquiçados, prejudica o aspecto visual da bebida e sua aceitação comercial. O estudo sugere um maior controle de qualidade no açúcar adicionado na produção de aguardente, além de um período prévio de estocagem antes da comercialização, para verificar indícios de precipitação.
Formação de precipitado pode levar de três a seis meses após adoçagem da aguardenteAs dextranas são polímeros resultantes do metabolismo de bactérias como o Leuconostoc mesenteroides amplamente disseminadas nos canaviais. “Estes microorganismos contaminam a cana-de-açúcar no campo e metabolizam a sacarose presente na cana”, relata Aquino. “A alta massa molar das dextranas impede que estes compostos cheguem à aguardente através da destilação.” Por essa razão, somente a bebida adoçada após a destilação apresenta os polímeros em maior ou menor quantidade, dependendo da qualidade do açúcar utilizado.
Embora as dextranas sejam inofensivas para a saúde humana, a sua precipitação leva a formação de um precipitado esbranquiçado dentro da bebida, o que prejudica a aceitação do produto junto ao consumidor. No início, o trabalho determinou a distribuição de massa molar médio das moléculas de dextranas mais frequentemente encontradas no açúcar brasileiro. “Por ser um polímero, existe uma natural variação na sua distribuição de massa, e quanto maior esta massa, maior será a sua insolubilidade em etanol”, explica o pesquisador. “Essa diferença também faz com que varie o tempo para a percepção de sua precipitação.”
Em seguida, foram realizados ensaios com soluções modelo adicionadas de padrões de dextranas com massas molares representativas das dextranas mais comumente encontradas no açúcar utilizado pelos produtores de aguardente. A precipitação foi acompanhada ao longo do tempo, em função de parâmetros de temperatura, acidez, presença de metais e variação da massa molar das dextranas. “A precipitação não é instantânea”, revela Aquino. “Mesmo com uma apreciável quantidade de dextranas na bebida, inicialmente acontece o aumento da sua turbidez antes da deposição do precipitado, o que pode levar cerca de três a seis meses.”
Armazenagem
Segundo a pesquisa, a diminuição da temperatura de estocagem e a queda de acidez também são fatores que favorecem a precipitação. Entretanto, Aquino afirma que a ausência de precipitação durante as primeiras semanas após o engarrafamento da aguardente adoçada não garante que o problema não se manifeste com o decorrer do tempo.
“Entende-se o lado econômico dos fabricantes de aguardente de cana, mas seria interessante para os produtores que não dispusessem de informações sobre a concentração e a distribuição de massa das dextranas presentes no açúcar, que seu estoque fosse monitorado por um período de pelo menos 90 dias, onde a não detecção de precipitados lhes forneceria uma razoável margem de segurança quanto a não ocorrência deste problema”, observa o químico. “Por isso, o controle de qualidade do açúcar usado na produção da bebida é fundamental.”
“É importante ressaltar que a adição de açúcar na aguardente é permitida pala legislação brasileira e o consumo de uma aguardente adoçada é questão de preferência do consumidor”, aponta o pesquisador. “Entretanto, o ideal seria a não adoçagem da bebida, pois além da ausência do problema da formação de flocos, outras características sensoriais de uma boa aguardente como uma baixa acidez seriam ressaltadas.”
Aquino realizou a pesquisa no Laboratório para o Desenvolvimento da Química da Aguardente (LQDA) do IQSC, coordenado pelo professor Douglas Wagner Franco. Os estudos devem prosseguir visando o desenvolvimento procedimentos que possuam levar a redução do problema mesmo quando da adoçagem da aguardente.
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