sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dia Nacional da Cachaça – 13 de setembro


Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, obtida pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana–de–açúcar. A história do desenvolvimento da Cachaça, bebida de sabor único, está ligada diretamente a história do nosso país, desde a época da colonização, tendo, portanto, influência significativa na formação sócio–antropológica brasileira. A Cachaça é o primeiro destilado da América Latina.

A iniciativa do Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC para a criação do Dia Nacional da Cachaça foi lançada em 5 de junho de 2009 na feira Expocachaça, em Belo Horizonte. Essa iniciativa se transformou em projeto de Lei no. 5428/2009, que tramita na Câmara dos Deputados e institui o dia 13 de Setembro como o Dia Nacional da Cachaça.

A data escolhida para o Dia Nacional da Cachaça tem motivo histórico, pois em 13 de setembro de 1661 a coroa portuguesa liberou a produção e comercialização da cachaça no Brasil após a pressão e rebelião dos produtores.

A história remonta ao ano de 1630, quando os portugueses notaram que o mercado da cachaça crescia e o produto tomava o lugar da bagaceira, produzida por eles a partir do bagaço da uva.

Em 1635, o rei de Portugal proibiu a produção e comercialização da cachaça com o objetivo de incentivar o consumo da bagaceira.

Em 1659, um novo decreto real proibiu o comércio da cachaça, com os portugueses apertando o cerco aos produtores com ameaças de deportação, apreensão do produto e destruição dos alambiques.

Em 1660, os produtores fluminenses lideraram uma rebelião e tomaram o governo da cidade. Era a Revolta da Cachaça, movimento que abriu caminho para a legalização da cachaça, que ocorreu em 13 de Setembro de 1661 por Ordem Régia.

O dia 13 de setembro perpetuará a importância da Cachaça como um dos símbolos mais representativos da identidade do povo brasileiro.

Fonte: IBRAC

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Cachaça Campanari é Campeã do VI Concurso Paulista de Cachaça de “Alambique”.


No V Encontro da Cadeia Produtiva de Cachaça e o VI Concurso Pau­lista de Cachaça de "Alambique", a Cachaça Campanari, do produtor Neno Campanari, associado à APROCAMAS, foi premiada em 1º Lugar na categoria “cachaça descansada”.


Encontro da Cadeia Produtiva de Cachaça e Con­curso Paulista de Cachaça de Alambique

Objetivando capacitar todos os elos da cadeia produtiva da cachaça desde o produtor de cana-de-açúcar até o consumidor final, e com o intuito da promoção e geração de negócios entre os diferentes seto­res desta agroindústria. O Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP/Araraquara, promo­veu em parceria com o Sindicato Rural de Araraquara e o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa do Estado de São Paulo (SEBRAE-SP) o V Encontro da Cadeia Produtiva de Cachaça e o VI Concurso Paulista de Cachaça de "Alambique".

O evento tem o intuito de ser o elo de ligação entre os detentores do conhecimento, de tecnologia e de serviços, no caso a universida­de, e os que necessitam aprender novas tecnologias, no caso os mi­cro e pequenos produtores de cachaça artesanal do estado de São Paulo. O projeto é de suma importância para o desenvolvimento da cadeia produtiva, uma vez que o foco específico do ciclo de palestras é a Produção, Controle de Qualidade e Aspectos Mercadológicos de Cachaça, sendo no evento abordados aspectos de Boas Práticas de Fabricação (BPF), Procedimentos Operacionais Padrão (POP) e Aná­lise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) para a produ­ção de aguardente de cana de açúcar aspectos estes fundamentais para que os empresários rurais obtenham registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), bem como a licença na Agência Nacio­nal de Vigilância Sanitária (ANVISA), legalizando as suas ativida­des, melhorando a comercialização do seu produto agregando a ele mais valor.

Organizado inicialmente em 2004, dentro da Feira de Tecnologia, Serviços e Produtos para Pequenos e Médios Produtores Rurais (FEPAGRI), o projeto constitui-se através de uma parceria entre o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa do Estado de São Paulo (SEBRAE-SP), Sindicato Rural de Araraquara e o Depar­tamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farma­cêuticas da UNESP/Araraquara. Nas cinco edições anteriores alguns dos resultados foram:
16 Palestras técnicas sobre Produção, Controle de Qualida­de e Aspectos Mercadológicos de Cachaça;

466 amostras de Cachaça Analisadas;
361 Produtores inscritos nas edições do evento, represen­tando
175 diferentes municípios Paulistas de diversas regiões ;

A análise das amostras ficou sob responsabili­dade de uma comissão julgadora composta por profissionais e especialistas da área, que realizaram a avaliação sensorial das mesmas conforme critérios técnicos que foram divul­gados antes da realização do evento.

domingo, 12 de setembro de 2010

Cachaça paulista terá certificação


Publicado em: Correio Popular (Agronegócio) em 26 de Agosto de 2010

Selo vai atestar a qualidade da aguardente dos alambiques do Estado, principal produtor do País

Amentar a credibilidade da aguardente paulista é o objetivo da Associação Paulista dos Produtores de Cachaça de Alambique APPCA , que está em processo de criação de um selo que irá atestar a qualidade da caninha produzida no Estado. A iniciativa conta com o apoio do Instituto de Química da USP de São Carlos, que em dezembro realiza o 4º Concurso de Avaliação da Qualidade da Cachaça, entre os dias 2 e 5. O objetivo da seleção é premiar as melhores cachaças, tanto do ponto de vista químico quanto sensorial, além de fornecer ao produtor a posição e aceitação de seu produto dentro do conjunto de aguardentes avaliadas.

A produção nacional de cachaça atinge 1,2 bilhão de litros por ano, e São Paulo é o maior produtor do País por concentrar grandes destilarias da bebida, informa o presidente da APPCA, Reinaldo Annicchino. Segundo ele, promover a aguardente de alambique, produto diferenciado das caninhas destiladas em processos industrializados, é a estratégia para aumentar as exportações e o consumo da cachaça paulista no mercado interno.

Cerca de 10% da aguardente brasileira é obtida por meio da destilação em alambique, processo artesanal que transforma o caldo de cana fermentado em um destilado cristalino, que pode ser comercializado imediatamente após a fabricação ou ser envelhecido em tonel de carvalho, processo que encarece o preço da garrafa e valoriza a bebida apreciada pura.

Conforme Annicchino, o método do alambique é o trunfo para promover os destilados paulistas, que atinge nível de qualidade comparável com as boas aguardentes produzidas em outros cantos do País como Minas Gerais, por exemplo. A diferença, segundo ele, é que os produtores mineiros promovem a cachaça há mais tempo, com o uso de ferramentas de marketing e apoio de políticas de promoção da bebida.

Setor

Segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça Ibrac , o setor é formado por 40 mil produtores, com cerca de 4 mil marcas formais e emprega mais de 600 mil pessoas. São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba são os estados brasileiros de maior destaque na produção. Em São Paulo, a APPCA reúne 15 produtores, responsáveis por fabricar 800 mil litros da bebida em processo de destilação em alambiques espalhados em diversas cidades do Estado, como Catanduva, Serra Negra, Americana, Amparo e Jarinu, entre outras.

Para conseguir o selo de qualidade, os produtores terão de submeter seus destilados a uma análise química que irá levar em conta todos os componentes presentes na bebida. O anúncio do programa e de outras iniciativas deve ocorrer ainda no segundo semestre, em evento no Mercado Municipal de São Paulo.

Garrafa pode custar até R$ 350,00, diz comerciante

Quem entende do assunto e tem paladar apurado - o que é diferente de matar a pinga na golada, se importando apenas com os efeitos farmacológicos do destilado - chega a pagar R$ 350,00 por uma garrafa da bebida na Companhia da Cachaça, casa especializada em caninhas de qualidade. Segundo o gerente Alberto José Rodrigues, o preço varia conforme a destilação, tradição e tempo de envelhecimento. São fatores muito bem avaliadas pelo público e estudiosos, conta o gerente da cachaçaria que existe há cinco anos e vende produtos com preço médio de R$ 40,00. Apesar de oferecer cachaça de diversas partes do País, as marcas paulistas também fazem sucesso. Alguns exemplos são: Ouro de Cana, Cachaça Zanoni, Cachaça do Rei e Cachaça Da Diretoria, totalizando 10% de participação das marcas paulistas. Os clientes se surpreendem com a qualidade da bebida dos alambiques de São Paulo. As boas cachaças paulistas, quando oferecidas para degustação, sempre surpreendem, causando bons comentários e uma boa impressão , diz o comerciante, que acredita que incentivos do governo e ações conjuntas promovidas por cooperativas e associações são o caminho para promover a cachaça paulista artesanal. SV/AAN

Centro Tecnológico

A Unesp quer contribuir para a profissionalização do setor com a criação do Centro Tecnológico de Cachaça, iniciativa que une a Reitoria da universidade, Ministério da Ciência e Tecnologia e Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O local, de 400 metros quadrados e investimento de R$ 800 mil, deve estar concluído em setembro para a semana de eventos ligados à bebida.

Segundo Faria, um alambique com capacidade para mil litros permitirá estabelecer parâmetros de análise e pesquisa da cachaça, além de unir profissionais, estudiosos e técnicos, servindo como local de apoio ao setor agroindustrial de micro e pequenos produtores de cachaça.

Franco não tem dúvida sobre o potencial da cachaça, que segundo pesquisas é a terceira bebida mais pedida por estrangeiros em todo o mundo. O próprio coordenador, no ano passado durante um congresso em Cognac, cidade francesa próxima a Paris, desembolsou 90 euros por um copo de caipirinha em um restaurante. SV/AAN

Encontro promovido pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp Araraquara visa capacitar e premiar produtores do setor


Assim como outras bebidas, a produção da cachaça também requer cuidados específicos que o quinto Encontro da Cadeia Produtiva da Cachaça, promovido pelo Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCL) da Unesp de Araraquara com o apoio do Sebrae-SP no Centro Paulista e o Sindicato Rural da cidade, realizado no Centro Tecnológico de Produção de Cachaça.

Para tanto, logo na palestra de abertura, o tema abordado pelo professor da FCL, João Bosco Faria foi a importância da implantação desse centro, que será inaugurado em Araraquara em Dezembro deste ano.

Na sequência, às 20 horas, foi a vez dos pesquisadores do Sistema Integrado de Respostas Técnicas (Sirt) da Unesp, Sérgio Azevedo Fonseca e Helena Carvalho de Lorenzo falarem a respeito da “Fonte de informações: como encontrar informações tecnológicas sobre produção de cachaça.”

No dia seguinte, a programação começou com o curso “Produção, Controle de Qualidade e Aspectos Mercadológicos da Cachaça”, às 9 horas, com a realização das palestras “A fermentação do caldo de cana” com a professora da Unesp de Jaboticabal, Márcia Mutton; e “O processo de destilação”, com o palestrante da Esalq – USP Piracicaba, Fernando Valladares Novaes.

No período da tarde, o curso seguiu com a palestra do professor João Bosco Faria sobre “O Envelhecimento da Cachaça” e para encerrar uma mesa redonda sobre o Controle de Qualidade da Cachaça com a mediação do pesquisador da Unesp Araraquara, Ricardo Bonotto e a participação do professor Bosco e da pesquisadora Michelle Ferrão Macoris, analista de laboratório do Lanagro de São Paulo-SP.

Concurso

Além do curso sobre produção e controle de qualidade da cachaça, o quinto Encontro da Cadeia Produtiva da Cachaça promoveu a premiação das melhores cachaças de alambique através do sexto Concurso Paulista da bebida.

A entrega de certificados aconteceu logo após a mesa-redonda, às 17 horas, também no Centro Tecnológico de Produção da Cachaça em Araraquara, que fica na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara Rodovia Araraquara - Jaú Km1. A Cachaça Neno Campanari de Monte Alegre foi a campeã na categoria cachaça descansada.