sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bitters: aquele gostinho que você nao sabe bem o que é, mas que faz total diferença

Se você procurar pelo significado de Bitters talves fique um pouco perdido..
A palavra significa “amargo”.

Uns vão dizer que o bitter nasceu como uma espécie de “rémedio para a má digestão”, outros dirão que é “um licor natural preparado com infusão em álcool de dezenas de ervas, raízes, plantas aromáticas e frutas cítricas”, ou que bitter é aquele famoso conjunto de bebidas alcolicas amargas: Campari, Cynar, Aperol, Punt e Mes e outras bebidas que não se encaixam bem em grupo algum.

Fato é que ao que me parece todas definições estão certas…. então deixo claro aqui que me refiro aos bitters para aromatizar coqueteis. São um arraso. Você provavelmente já tomou varios drinks com bitters sem saber. Sabe aquele gostinho que você não decifou bem o que era? Então… era o “secredinho” do barman.

Bitters são bebidas espirituosas, leves e refrescantes, elaboradas de acordo com uma receita concebida há mais de um século.

A sua produção requer um processo único de maceração e destilação de ervas aromáticas. Elaborados a partir de uma base de água destilada e álcool, os bitters apresentam uma combinação perfeita entre ervas, raízes, frutos e aromas naturais criteriosamente seleccionados. Geralmente apresentam um sabor amargo, muito agradável.


Um Old Fashion Bitter é essencial num Manhatan. O Orage Bitter foi (e em muitos lugares ainda é) o segredo MAXIMO de um “Classic” Martini à perfeição. Tente uma gotinha de um bitter de menta no seu próximo Mojito e espere para ver o comentario dos convidados.

Fato que o Brooklin (NY) virou centro de otimos fabricantes de bitters. Se passar por lá experimente alguns. Recomendamos B. Smely Bittering e Brooklyn Hemispherical Bitters. Este ultimo é um arraso, ingredientes sazonais (respeitando a melhor estação das materias primas) e orgânico.

Avant Garde Blog

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Angostura

Por: Ennio Federico

Algumas bebidas, alcoólicas ou não, têm formulas tão secretas que ninguém as conhece por inteiro, somente partes. Juntá-las na hora certa deve ser uma operação quase militar. A Angostura, uma bebida amarga, aromática e aparentemente inofensiva que entra no preparo de coquetéis clássicos e em várias receitas de cozinha é uma dessas. Embora um bitter, não é daqueles convencionais para se tomar em copos longos com gelo e soda. Ao contrário, seu uso é limitado a algumas gotas para adicionar aroma e sabor em drinks, frutos do mar, saladas de frutas, sobremesas e pâtisserie em geral. O que faz a Angostura tão importante para merecer tanto cuidado é o fato de ser um produto sem similar e elaborado com fórmula secreta em um único lugar.

Quanto à sua composição, o rótulo menciona vagamente ser "uma preparação aromática de água, álcool, genciana e extratos vegetais inofensivos para dar sabor e cor ao produto", ou seja, não esclarece nada. Todo bar que se preze, em qualquer parte do mundo, deve ter pelo menos uma garrafinha dessas em estoque. Parecida com as de molho inglês, elas vêm embrulhadas em papel branco impresso em letras pretas miúdas com diversas sugestões para seu uso, que incluem além das óbvias na preparação de drinks, servir também para a cura da flatulência. Longe de ser brincadeira, essa referência medicinal, entre outras, vem da origem da sua criação em 1824 na Venezuela pelo médico alemão Dr. Johann Gottlieb Benjamim Siegert e mantida por razões históricas.

Nessa época o Dr. Siegert era o cirurgião responsável pelo hospital militar do General Simon Bolívar. Lá, os valentes soldados se queixavam muito de cólicas estomacais. Após quatro anos de experiências, o médico desenvolveu um tônico mágico, um fermentado de ervas e raízes tropicais, cascas, água e álcool que pareceu resolver o problema. Ele o chamou de Amargo Aromático Angostura em homenagem à cidade de Angostura, hoje Ciudad Bolívar. Siegert morreu em 1870, mas não antes de partilhar a fórmula secreta com seus filhos. Devido ao clima político instável no país, os irmãos se transferiram para Port-of-Spain em Trinidad, onde a fábrica permanece até hoje. Depois de várias mudanças no controle acionário, porém sempre com a participação dos descendentes diretos do velho cirurgião militar, a empresa tornou-se publica em 1981.

Embora permitindo tours guiados, os visitantes que percorrem as bem guardadas instalações da fábrica somente têm acesso ao laboratório, à sala de troféus, parte da destilaria e seção de engarrafamento. O laboratório é o local em que as ervas, raízes e especiarias são maceradas com álcool. Praticamente todos os ingredientes vêm de lugar ignorado pelos funcionários e quando chegam são identificados por códigos. Depois da maceração, a solução é destilada, misturada com açúcar e colocada em tanques de aço inoxidável para maturar por tempo não revelado. No final, a mistura é colocada em outro conjunto de tanques, diluída com água, engarrafada, rotulada e despachada para todas as partes do mundo. O final do tour é a sala de degustação, onde os visitantes são convidados a provar seus produtos. Durante a prova, na sala intensamente perfumada pela Angostura e com toda aquela atmosfera de mistério que cercou a visita, provavelmente as pessoas devem achar que é melhor mesmo que certos segredos fiquem mantidos para sempre.

Curso Temático: Produção da Cachaça de Qualidade

O Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP/Araraquara, SP promove em parceria com o Sindicato Rural de Araraquara e Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa do Estado de São Paulo (SEBRAE-SP) o primeiro Curso Temático: Produção da Cachaça de Qualidade.

O curso tem como objetivo capacitar tecnicamente produtores de cachaça e demais interessados em aprender a arte de produzir uma boa cachaça.

Os principais temas relacionados à produção da cachaça de qualidade serão abordados por renomados especialistas das principais áreas da produção da cachaça, como: fermentação, destilação, bidestilação, envelhecimento, análise sensorial, controle de qualidade. A programação do curso conta também com atividades práticas e palestras sobre empreenderorismo e apoio à gestão.

E evento contará com a ilustre participação do Dr. John Raymond Piggott (University of Strathclyde – Glasgow, UK), especialista na tecnologia de produção do uísque e qualidade sensorial.

Programação

12 e 13 de agosto de 2011 – carga horária: 16 hs

Dia 12/08/2011 – Sexta-feira
8:00 – 9:00 A fermentação do caldo de cana
Profa. Dra. Márcia Mutton (FCAVJ – UNESP/Jaboticabal, SP)
9:00 – 10:00 Leveduras selecionadas e a fermentação do caldo de cana
Prof. Dr. Carlos Rosa ( ICB – UFMG/Belo Horizonte, MG)
10:00 – 10:30 Coffee Break
10:30 – 11:30 Processo de destilação
Prof. Dr. Fernando Valadares Novaes (ESALQ – USP/Piracicaba, SP)
11:30 – 12:30 A bidestilação da cachaça
Prof. Dr. André Ricardo Alcarde (ESALQ – USP/Piracicaba, SP)
12:30 – 14:00 Almoço
14:00 – 16:00 Turma 1 - Atividade prática
Turma 2 - Empreendedorismo e Apoio a Gestão
Pesq. Dr. Ricardo Bonotto (UNESP/Araraquara)
16:00 – 16:30 Coffee Break
16:30 – 18:30 Turma 1 - Empreendedorismo e Apoio a Gestão
Pesq. Dr. Ricardo Bonotto (UNESP/Araraquara)
Turma 2 - Atividade prática

Dia 13/08/2011 – Sábado
8:00 – 9:00 Envelhecimento da cachaça
Prof. Dr. João Bosco Faria (FCF – UNESP/Araraquara, SP)
9:00 – 10:00 Análise sensorial e o controle de qualidade da cachaça
Profa. Dra. Helena Maria A. Bolini (FEA-Unicamp/Campinas, SP)
10:00 – 10:30 Coffee Break
10:30 – 11:30 Carbamato de etila presente na cachaça e seu controle
Prof. Dr. Douglas Franco (IQ – USP/São Carlos, SP)
11:30 – 12:30 Desenvolvimento de terpenos na cachaça
Prof. Dr. Maurício Boscolo (IBILCE – UNESP/São José do Rio Preto, SP)
12:30 – 14:00 Almoço
14:00 – 15:00 A extensão universitária e a produção de cachaça de qualidade
Dr. Ricardo Bonotto (FCF – UNESP/Araraquara, SP)
Ms. Maria Cristina Meneghin (FCF – UNESP/Araraquara, SP)
15:00 – 16:00 Controle de qualidade do uísque e da cachaça
Dr. John Raymond Piggott (University of Strathclyde – Glasgow, UK)
16:00 – 16:30 Coffee Break
16:30 – 18:00 Mesa Redonda
Coordenação: Prof. Dr. João Bosco Faria (FCF – UNESP/Araraquara, SP)
Encerramento

Contato:
Faculdade de Ciências Farmacêuticas – UNESP
End.: Rod. Araraquara - Jaú, Km1
CEP: 14.800-901
Araraquara - SP
Telefones: (16) 3334-6283 / (16) 9770-6975

E-mail: meneghinmc@fcfar.unesp.br