quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

APROCAMAS - Associação dos Produtores e Cachaça de Monte Alegre do Sul e Região

As cachaças premiadas Já famosas pelo turismo oferecido, o Circuito das Águas Paulistas une os passeios já consagrados, como os de aventura, compras, histórico e de águas para dar espaço para os tradicionais alambiques da região.

Da orgânica à tradicional, as premiadas cachaças do Circuito despertam a atenção dos visitantes e ganham roteiro próprio. A região detém duas das três melhores cachaças do Estado, segundo os Concursos Paulistas de Cachaça de Alambique, que já tiveram mais de 150 participantes.

Primeira colocada no concurso em 2010, premiada na categoria cachaça não envelhecida, a cachaça Campanari, em Monte Alegre do Sul, se destaca no Circuito. Em Monte Alegre do Sul outras cachaças, como a Cachaça Adega do Italiano, Cachaça Chora Menina, Cachaça da Torre e a Cachaça Nono Rouxinoli também ganham cada vez mais expressão no mercado.

CACHAÇAS DE MONTE ALEGRE DO SUL E REGIÃO

A tradição de fabricar a famosa "marvada" vem dos italianos que povoaram a região no fim do século 19. Acostumados a destilar a casca da uva para fazer grapa, logo passaram a usar cana-de-açúcar na produção de bebidas.

Hoje, cerca de 50 pequenas propriedades rurais fabricam a pinga, algumas das quais apenas para consumo próprio. Os principais alambiques que vendem a bebida o ano inteiro são Neno Campanari (acesso pela estr. para o bairro da Barra, a Adega Nono Rouxinolli (Sítio Sta. Tereza, bairro do Falcão. Se a ideia é apenas comprar, pode ser mais fácil visitar a loja da APROCAMAS, associação dos produtores local (r. Cel. Luiz
Leite, 4, tel. 3899-2744, 6ª/dom 10h/12h, 13h/18h), que vende os produtos de 7 dos melhores alambiques.

A APROCAMAS

O pólo da cachaça de alambique do Circuíto das Águas Paulista constitui o maior aglomerado de produtores da bebida no Estado de São Paulo com uma centena de alambiques instalados nos municípios de Águas de Lindóia, Amparo, Jaguariúna, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro. Monte Alegre do Sul é considerada a capital da cachaça de alambique no Estado. A aproximação dos produtores da região, acabou resultando na criação da Aprocamas, a entidade que congrega proprietários de alambiques
de Monte Alegre do Sul e da região do Circuito das Águas Paulista.

Desde a criação da Aprocamas já é possível observar a melhor organização administrativa e financeira dos alambiques; a padronização de suas garrafas com rótulos e a redução de custos em especial com a compra de insumos em grupo, além da ativa e constante participação em eventos como feiras e concursos de  qualidade. Com tudo isso, o produto dos associados já ganhou em qualidade e popularidade. A Cachaça
de Monte Alegre do Sul, tornou-se conhecida no País e as cachaças de alambique da região conquistam importantes títulos em Concursos de Avaliação de Qualidade.

CACHAÇA ADEGA DO ITALIANO

Adega do Italiano O bom papo de José Narciso Salzani, de 51 anos, é um dos ingredientes que tornaram a Adega do Italiano, na Pousada da Fazenda, o alambique mais conhecido de Monte Alegre do Sul. O fato de
ser o mais próximo do centro da cidade - consequentemente, fácil de achar também ajuda. Mas a qualidade da cachaça tem papel fundamental na boa fama. No alambique rústico, adega de pedra construída pelo próprio Salzani, há 27 anos, e pitorescos bancos de toras, ideais para um dedo de prosa durante a degustação.


Além de boa cachaça, que já ganhou prêmios no Concurso Paulista de Cachaça Artesanal, há vinho, licores e jurupinga (mistura de vinho e cachaça.A receita do vinho é tradição herdada do avô napolitano. Já a da
pinga foi descoberta com a crise do café. O Circuito das Águas Paulista detém duas das três melhores cachaças do Estado de São Paulo, segundo o Concurso Paulista de Cachaça de Alambique, com mais de 150 cachaças participantes. Segunda colocada no concurso, premiada na categoria cachaça não envelhecida, a cachaça da Adega do Italiano, em Monte Alegre do Sul, se destaca no circuito.

CACHAÇA CHORA MENINA

Produzida no Pé da Serra da Mantiqueira, na cidade de Monte Alegre do Sul, desde 1956 e inicialmente produzida por Primo António Borin, cuja propriedade era movida à sistemas de turbinas para geração de  energia e em seguida passando para a roda d' água. O Processo de fabricação da cachaça era feito manualmente desde o corte e transporte da cana até a destilação artesanal em alambique de cobre e que até os dias de hoje, é feita da mesma maneira nas mãos de Nelson Constantino Borin que mantém a qualidade e a tradição da família Borin na fabricação da cachaça artesanal.

Para quem acha que alambique tem de ter roda d’água, máquinas de cobre e história, o Chora Menina preenche todos os requisitos. Administrado por Rodrigo Borin, o lugar foi fundado por seu avô, em 1956, e ganhou esse nome porque, na época, eram as três filhas que pegavam no pesado para ajudar o patriarca italiano. Em homenagem ao esforço delas, o nome e a holografia de uma camponesa com fardos de cana estampa garrafas de cachaça, licor e vinho. O atual administrador aprendeu a fabricar cachaça aos 10 anos, para ajudar o pai. Produz, hoje, 7 mil litros por ano da bebida que, em 2004, ficou entre as 10 melhores no Concurso Paulista de Cachaça Artesanal. As vendas acontecem na sede da associação no centro de Monte Alegre e no próprio sítio, para os turistas que visitam o alambique e querem conhecer como se faz uma pinga artesanal.


CACHAÇA NENO CAMPANARI

O alambique de Neno Campanari fica numa estrada de terra no bairro da Barra, um pouco antes da entrada principal da cidade. Ele representa a terceira geração da família na produção de cachaça. Tudo começou em 1932 com o avô Luigi Campanari. Ele era italiano e trouxe da Europa o conhecimento do processo de produção de vinho e grapa, a bebida destilada da uva. Na época a moagem da cana era feita através de um moinho d’água e o transporte era feito em lombo de burro.

Hoje muita coisa mudou, com o surgimento de novos materiais e tecnologia, mas a base da produção continua a mesma, totalmente com produtos naturais. A tradição familiar continuou com o pai de Neno, Adolfo Campanari. Neno Campanari é o responsável por todos os processos na produção, desde o plantio da cana, a limpeza, a moagem, a fermentação, a fervura, a destilação, o armazenamento em tonéis e o engarrafamento. Campanari cultiva dois alqueires de cana e diz que as cachaças têm um sabor próprio da região, porque são feitas com variedades locais, como a cana roxinha e a cana branca. Para ele, o grande segredo para uma boa cachaça é a dedicação. “Tem que gostar do que faz. São muitos detalhes, que começam com a limpeza manual da cada cana, porque as impurezas influem na fermentação e no sabor final da bebida”.

A sua produção diária é uma média de 35 litros, totalizando cerca de mil litros por mês. As vendas acontecem na sede da associação no centro de Monte Alegre e no próprio sítio, para os turistas que visitam o alambique e querem conhecer como se faz uma pinga artesanal. Premiada nos últimos concursos nacionais
de cachaça promovidos pela Universidade de São Paulo (o Concurso de Qualidade da Cachaça, dentro do evento Brazilian Meeting on Chemistry of Food and Beverages), a pinga artesanal é uma das mais antigas de Monte Alegre do Sul. Produzida desde 1932 pelo avô de Neno, o italiano Luigi Campanari, a receita acabou sendo repassada para vários descendentes, que montaram outros alambiques na região. As fotos dessa saga familiar estão na simpática lojinha, que expõe barris de carvalho.

CACHAÇA NONO ROUXINOLLI

Nono Rouxinolli iniciou a fabricação de cachaça há mais de 20 anos. Seu filho, Jorge começou seguindo os passos do pai, em no Sítio Santa Tereza com construções de pedra da época da imigração italiana e hoje produz uma saborosa cachaça artesanal.

Há mais de um ano o roteiro do Circuito das Águas Paulista foi oficializado em um consórcio intermunicipal que une oito cidades do interior de São Paulo, em plena Serra da Mantiqueira. Já famosas pelo turismo oferecido, essas oito cidades - Águas de Lindóia, Amparo, Jaguariúna, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro - ganham ainda mais destaque nessa parceria que rende cada dia mais sucesso.

Os passeios já consagrados, como os de aventura, compras, histórico e de águas, agora dão espaço para os tradicionais alambiques. Da orgânica a tradicional, as premiadas cachaças do Circuito das Águas Paulista despertam a atenção dos visitantes e ganham roteiro próprio. O Circuito das Águas Paulista detém duas das três melhores cachaça do Estado, segundo o Concurso Paulista de Cachaça de Alambique, que tem mais de 150 cachaças participantes. Em Monte Alegre do Sul outras cachaças, como a Cachaça Rouxinolli também ganham cada vez mais expressão no mercado.



CACHAÇA DA TORRE

Produzida com cana orgânica da propriedade e depois moída, fermentada e destilada. Armazenada em tonéis de carvalho de 200 litros, onde permanece por 18 meses até sua comercialização. 2º lugar no 3º Concurso de avaliação da qualidade da cachaça durante o VII Brasilian Meeting on Chemistry of Food and Beverages 2008 na Escola de Engenharia de Lorena (EELUSP), na categoria de cachaça envelhecida

CACHAÇA OBIRICI

Para a maior divulgação da APROCAMAS foi criada a Cachaça Obirici, um “blend” como o whisky, com a mistura das cachaças dos melhores alambiques associados da Aprocamas. Obirici é o nome de uma índia que está desenhada nos azulejos de uma fonte de água mineral da cidade. Segundo a lenda do Sul do Brasil, Obirici e sua amiga Iurá se apaixonaram pelo mesmo homem. O cacique Arakém ficou divido entre o amor das duas mulheres. Pare ver quem se casaria com o chefe, foi feita uma prova de arco e flecha. Obirici perdeu e suas lágrimas se transformaram em águas puras e transparentes.